É com imensa humildade e alguma euforia, que eu lhes conto este conto com jeito de poesia. E nem poderia ser diferente, já que o assunto que trago, de nada mais fala, além de alegria.
Acontece que noite dessas, dessas quentes de verão, recebi um convite, pra visitar uma paixão. E como vim de outras bandas, trazendo outras paragens, dentro do coração, confesso que fiquei curioso, com a tal destinação.
Assim fomos nós, com destino ao barracão. Lá chegando e olhando de fora, uma imensa confusão, mas uma música energética chegava ao meu coração: A energia do povo é o combustível do amor...
Já dentro da grandiosa cúpula, ficou clara a exclamação, as luzes em verde e rosa iluminavam a imensidão e um grande movimento acontecia, sem ter muita explicação.
A Mangueira, que os seus amantes dizem ter um cenário, uma beleza, a mim nada mais parecia que uma grande esperança, algo além da poesia. Foi nesta noite de êxtase e alegria, que pensei porque o mundo não poderia ser aquele espaço, aquela fantasia.
Vejam bem que não sou ruim, de política ou geografia, então não corro o risco, de errar na profecia. O mundo é uma grande colcha, que mistura caras, cores, línguas e simpatia. Pois então, lá estavam elas, misturadas em harmonia. Eu mesma dancei com amigos e com quem não conhecia.
Lá estavam senhores e senhoras, desses que o tempo embeleza, cobertos de brilho e energia. E ao invés de tristeza e abandono, recebiam homenagens e regalias.
Agora imaginem vocês, se o mundo fosse a Mangueira, quanto teríamos a ganhar, viver cercado de música, com alegria pra respirar. Viver com um céu que se abre, só pras estrelas nos enfeitar...
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