Friday, June 10, 2011

Parte I - Fast Love

Li numa pesquisa, dessas tantas que fazem por aí, que os espectadores de comédias românticas, têm um comportamento distorcido nos seus relacionamentos. Esta pesquisa mostrava que pessoas que assistem com frequência a este estilo de filme, estão tornando-se “viciados em finais felizes”.

Juntando esta informação com o que observo diariamente, percebo nas pessoas e pasmem, principalmente nos homens, um tipo de romantismo distorcido que acredita que o amor acontece como num passe de mágica, assim que você olha ou até beija alguém. Parecem mesmo esperar que aconteça como nos filmes, quando sobe a trilha e os dois sabem que encontraram a tal “pessoa da sua vida”.

Então o amor passa a ser um tudo ou nada, é ou não é. Exatamente como se fossemos todos personagens com comportamentos e falas previamente ensaiados. Tudo feito para combinar e agradar o outro.

Mas, olhando à minha volta, vejo que muitos dos casais mais verdadeiros, harmônicos e inspiradores que conheço, conheceram-se no trabalho, na escola, curso, na sua rua ou condomínio, etc. Ou seja, estas pessoas tiveram um tempo de convivência, puderam rir juntos, dividiram uma rotina, puderam avaliar como o outro se saia em diferentes situações e tudo acabou aproximando-os até que, de amigos ou conhecidos, acabaram apaixonando-se e depois perceberam que amavam-se.

Claro que nem sempre é assim, não existe uma regra sobre a forma ou o lugar para conhecer alguém. Mas o que não podemos, é conhecer alguém num dia e no dia seguinte ou na semana seguinte, dizer: não é o homem ou mulher da minha vida.

Mas é claro que estamos falando de alguém por quem você sentiu algum tipo de interesse inicial.

Outra consideração a fazer, é que você pode ser muito feliz, com pessoas com quem você não passará o resto dos seus dias, com quem não terá filhos e netos e tudo bem. Ainda sobram dias e noites maravilhosos, viagens, descobertas e milhares de histórias pra contar.

Mas, definitivamente não somos personagens, ninguém é completamente fofo e nem completamente traste.

Nem todos os amores são descobertos num esbarrão, num beijo ou numa noite. Portanto, vamos dar tempo para conhecer melhor e poder amar as pessoas.

Afinal, o amor não tem fórmula, não tem roteiro, não tem hora pra acontecer e é maravilhoso por isso. Mas uma paixão ou interesse, precisa ser alimentado, para que transforme-se em algo mais e algo mais pode ser amor, ou não, mas descobrir isso pode ser delicioso.

3 comments:

Luciana Tavares said...

Ah, o amor!
Adorei o texto e concordo em muitas coisas.
Mas acho que isso acontece porque as pessoas estão procurando o amor, quando na maioria das vezes ele só acontece quando e de onde vc menos espera. Essa busca interminável faz com que se banalize e achem que o amor se encontra na padaria, vendendo-se a peso. Rs.
Os filmes são lindos, sim. Mas na vida real essa fórmula não é assim tão perfeita e calculada, né?
Bjs, lindona!

Bell said...

Muito bom o texto!

Me fez lembrar do inicio do meu namoro! <3
E como as coisas estão mudando exatamente hj!

beijinhos!
E bom jeito de começar o fds do Dia dos Namorados!

Carolina Esteves said...

Oi Liu, concordo totalmente com você! Acho que por isso que todos os caras com quem namorei foram meus amigos durante um tempo antes de namorarmos. Não tem como dar certo com alguém que não seja o seu melhor amigo. Aquele com quem você tem afinidades e sintonia. A paixão é ótima mas acaba. O que fica e faz com que um casal dê certo ou não, é esse sentimento de lealdade, de gostar de partilhar as coisas mais simples juntos.