Friday, June 10, 2011

Parte III- Eu já sei e o outro nem desconfia

Da série, mulheres são de Vênus e homens são de Marte. Mas eu conheço mulheres que são de Marte e homens que meu Deus do Céu, não apenas são de Vênus como parecem viver lá.

Mas, discussões sobre diferenças à parte, porque é tão difícil acertar os calendários do relacionamento? Parece que um está sempre pedindo calma ao outro.

Um está ficando, o outro já está namorando. Um está pronto pra casar e o outro está achando ótimo namorar. Um está gostando, o outro está apaixonado. Um ama, ou outro adora.

A verdade é que seres humanos tem diferenças que têm sido ignoradas e pouco toleradas nos nossos dias.

Cada cabeça é um mundo, um mundo onde as coisas têm significados diferentes, onde o que para mim é romance, para o outro é rotina. Onde ligar para dizer que adorou o encontro, para um é carinho para o outro é exposição demais e pode gerar conseqüências sérias.

Como sobreviver a tantas armadilhas? Para mim, a resposta está na espontaneidade. Acho que tem faltado coragem para expor o que se sente. Aí, fica todo mundo esperando que o outro fale primeiro, que o outro procure, que o outro ligue, que o outro faça.

Faça antes ou faça depois, mas faça quando estiver com vontade. Compreenda o que é exagero, mas escute seus impulsos. Se o outro não for capaz de compreender, provavelmente ele não está pronto para você ou para o que você deseja.

Exponha como você gostaria que fosse, o outro pode concordar ou não, mas vai saber o que está dentro da sua cabeça e como é, o seu mundo.

Mas, antes de mais nada, explore bastante a sua cabeça, conheça seu próprio mundo. Esta é uma tarefa árdua, mas completamente necessária para quem quer conviver com o mundo do outro.

3 comments:

Vic Lutterbach said...

Muito bom, Liu Mara! O que seria da vida sem essas dúvidas e conflitos internos? Não teria a menor graça. Parabéns pelos textos!

=*

Carolina Esteves said...

Liu, mais uma vez me identifiquei total! Eu odeio esses joguinhos, quando tenho vontade de fazer ou falar algo, eu sempre fiz ou disse. E sempre achei isso mesmo: se quem estiver do outro lado não compreender ou não gostar, eu não perco o meu tempo e a pessoa perde uma grande pessoa: eu!

Raíssa said...

Fazia tempo que não passava por aqui e, agora que parei pra ler os últimos textos, AMEI esse aqui! Em outras palavras é a velha questão do "timing" que nunca coopera muito, né? Mas realmente tb acho que as pessoas estão menos dispostas e menos pacientes pra conhecer o outro tb. Ler seus textos de novo me fez lembrar que preciso voltar a escrever tb.
Beijo grande